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António Almeida
Sobre o autor
António Almeida, 54 anos, é um maquinista de comboios que percorre não apenas trilhos de aço, mas também trilhos de palavras. Ele é um ser humano normal, repleto de virtudes e defeitos, mas que se distingue pela maneira leve com que vê a vida e por transmitir essa leveza em seus escritos. Almeida não busca perfeição – nem como maquinista, nem como escritor. O que o define é uma autenticidade descomplicada, temperada com um sorriso no rosto.
Nascido e criado numa pequena cidade, António cresceu com o som distante dos comboios, que marcaram sua infância como canções de liberdade. Fascinado pelo movimento ritmado dos vagões e pelo poder de conduzir vidas em suas viagens diárias, decidiu se tornar maquinista, profissão que exerce há décadas. Mas a paixão pelo transporte sobre trilhos nunca limitou sua curiosidade. Paralelamente, desenvolveu uma habilidade em transformar experiências do dia a dia em palavras escritas, tecendo histórias que levam seus leitores a outros universos.
Seu estilo de escrita é caracterizado por uma fluidez despretensiosa, que faz com que qualquer tema – por mais comum que seja – se torne interessante. António escreve com leveza, sempre acompanhado de um sorriso. Há algo na sua escrita que acolhe, que faz com que o leitor se sinta em casa, confortável, como se conversasse com um velho amigo à mesa de uma cozinha iluminada. Suas palavras parecem deslizar pela página, assim como os trilhos que conhece tão bem.
Os textos de António abordam aspectos cotidianos, como suas aventuras no trabalho, os momentos de tranquilidade ao observar a paisagem entre viagens, ou as conversas que ele tem com os passageiros. Mas não é só isso – ele também explora temas universais, como as imperfeições humanas, as escolhas difíceis da vida, e o esforço constante em buscar felicidade apesar dos desafios. Ele não teme mostrar suas falhas, porque entende que ser humano é aceitar-se em toda a sua complexidade, com virtudes e defeitos.
Embora sua rotina esteja marcada pelo som metálico e pela repetição previsível das estações, António encontra na escrita uma maneira de romper a monotonia. Seus relatos revelam um maquinista que olha para o mundo com curiosidade e sensibilidade. Cada passagem, cada estação, carrega histórias de pessoas que por ele passam e se vão – histórias que ele, em silêncio, coleciona e depois transforma em palavras.
E assim, António Almeida mantém viva sua vocação literária, escrevendo durante os momentos de descanso, quando o comboio estaciona e há um instante de pausa. Ele não escreve para grandes públicos, nem busca reconhecimento. Seu propósito é simples: compartilhar a beleza dos momentos, das imperfeições e dos pequenos encantos da vida. Como um maquinista que guia um comboio, ele conduz seus leitores pelos trilhos de sua alma, sempre com um sorriso, sempre com a leveza de quem entende que a vida é uma viagem, e que cabe a cada um torná-la significativa.
António é, acima de tudo, um contador de histórias. Não se importa em ser visto como “apenas um maquinista”, porque ele sabe que é muito mais do que qualquer rótulo poderia sugerir. Ele é alguém que faz da jornada, e não do destino, o verdadeiro motivo de sua escrita – e, de sua vida.